Visita

Ela respirou fundo, tentando reunir forças. Mas a verdade era clara: sua vida, tão cuidadosamente construída, havia sido destruída em questão de horas. E a sensação de que estava completamente à mercê daqueles invasores a seguiria, sem trégua, pelos dias seguintes.

A noite caiu sobre a casa com um peso sufocante. Paula, ainda ajoelhada no chão, mal conseguia manter-se consciente. O corpo doía, os músculos estavam tensos, e cada fibra de sua mente gritava por descanso que nunca chegaria.

Marta permanecia de pé ao seu lado, observando cada gesto com olhos frios. Um toque brusco no ombro lembrava que qualquer movimento errado resultaria em dor.

— *Está aprendendo bem, minha pequena?* — disse, com um sorriso cruel, observando o esforço de Paula em obedecer.

Jonas permanecia próximo, murmurando palavras desconexas, alternando gargalhadas e sussurros, mantendo Paula em estado de alerta constante. A imprevisibilidade do homem tornava impossível qualquer sensação de segurança; um gesto errado poderia desencadear violência imediata.